Museu da Ci�ncia - Universidade de Coimbra

CONHEÇA O URUCUM OU ANATO – DESDE O PIGMENTO ATÉ AO PRATO

A exposição permanente “Da Luz e da Matéria” do Laboratório Chimico do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra integra uma amostra, em frasco de vidro, de frutos de urucu (urucum) provenientes da ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe. O nome "urucum" tem origem tupi; Tupi-Guarani engloba diversas línguas indígenas faladas por diferentes grupos étnicos do Brasil, principalmente na região amazónica, e que ainda hoje vivem no país.

“Urucum” significa "vermelho", pela cor intensa do corante extraído das sementes de um fruto da árvore Bixa orellana L., uma espécie da família Bixaceae. A semente de urucum, dura e coberta por arilo vermelho (corante), quando seca e triturada constitui um tempero, conhecido na região como colorau. Outros nomes vulgares: anato, açafroa, açafroeira-da-terra, achiote, bixa, iricuzeiro, urucueiro, urucuuba, urucuzeiro, ururu.

Nativa da zonal tropical das Américas, a espécie distribui-se naturalmente na floresta pluvial da região Amazónica até à Bahia. Geralmente ripícola, ocorre preferencialmente em solos férteis e húmidos da beira de rios. A planta é perenifólia, pioneira, característica da Floresta Amazónica e produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

A árvore é cultivada em muitas regiões do país, quer para exploração das sementes, quer para ornamentação. Além disso, pela rapidez de crescimento em ambientes abertos, pode ser plantada em áreas degradadas, pelo tempo, pelo homem ou pela natureza. As espécies de árvores nativas como o urucum são muito vantajosas em ações de reflorestamento, na preservação ambiental, arborização urbana, paisagismos ou plantações domésticas.

A árvore apresenta folhas geralmente trilobadas, flores róseas em panículas. Os frutos são cápsulas grandes, rosadas ou roxas, quando secas castanho-escuro, com apêndices moles e várias sementes, e a substância retirada dos frutos dessa árvore é rica em bixina. Utilizado como cosmético e corante natural, é extraído da semente, e amarelo no fruto vermelho e vermelho nos frutos verdes (conhecido como colorau) – ou seja, quando o fruto está verde as sementes produzem um pigmento mais vermelho do que quando maduro; o pigmento mais vermelho é do fruto ainda verde.

Amplamente utilizada como corante natural, em produtos cosméticos, nas indústrias têxtil e de tintas, presente em diversas receitas tradicionais de diversos países da América tropical, e conhecido pela cor intensa e sabor suave, é uma semente de grande importância na culinária e cultura dos países da América tropical.

O urucum apresenta ainda propriedades medicinais, que o tornam um ingrediente versátil e saudável. Rico em carotenoides, tocoferóis, flavonoides, vitamina A, fósforo, magnésio, cálcio e potássio, o urucum tem propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, sendo favorável no fortalecimento dos ossos, controlo da glicemia, prevenção de doenças cardiovasculares, saúde cerebral, e tratamento de problemas de pele.


Frasco com frutos de anato
Roça de São Mateus
Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe
BOT.00824.2

 


A exposição permanente “Da Luz e da Matéria” do Laboratório Chimico do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra integra uma amostra, em frasco de vidro, de frutos de urucu (urucum) provenientes da ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe. O nome "urucum" tem origem tupi; Tupi-Guarani engloba diversas línguas indígenas faladas por diferentes grupos étnicos do Brasil, principalmente na região amazónica, e que ainda hoje vivem no país. 

“Urucum” significa "vermelho", pela cor intensa do corante extraído das sementes de um fruto da árvore Bixa orellana L., uma espécie da família Bixaceae. A semente de urucum, dura e coberta por arilo vermelho (corante), quando seca e triturada constitui um tempero, conhecido na região como colorau. Outros nomes vulgares: anato, açafroa, açafroeira-da-terra, achiote, bixa, iricuzeiro, urucueiro, urucuuba, urucuzeiro, ururu.

Nativa da zonal tropical das Américas, a espécie distribui-se naturalmente na floresta pluvial da região Amazónica até à Bahia. Geralmente ripícola, ocorre preferencialmente em solos férteis e húmidos da beira de rios. A planta é perenifólia, pioneira, característica da Floresta Amazónica e produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

A árvore é cultivada em muitas regiões do país, quer para exploração das sementes, quer para ornamentação. Além disso, pela rapidez de crescimento em ambientes abertos, pode ser plantada em áreas degradadas, pelo tempo, pelo homem ou pela natureza. As espécies de árvores nativas como o urucum são muito vantajosas em ações de reflorestamento, na preservação ambiental, arborização urbana, paisagismos ou plantações domésticas.

A árvore apresenta folhas geralmente trilobadas, flores róseas em panículas. Os frutos são cápsulas grandes, rosadas ou roxas, quando secas castanho-escuro, com apêndices moles e várias sementes, e a substância retirada dos frutos dessa árvore é rica em bixina. Utilizado como cosmético e corante natural, é extraído da semente, e amarelo no fruto vermelho e vermelho nos frutos verdes (conhecido como colorau) – ou seja, quando o fruto está verde as sementes produzem um pigmento mais vermelho do que quando maduro; o pigmento mais vermelho é do fruto ainda verde.

Amplamente utilizada como corante natural, em produtos cosméticos, nas indústrias têxtil e de tintas, presente em diversas receitas tradicionais de diversos países da América tropical, e conhecido pela cor intensa e sabor suave, é uma semente de grande importância na culinária e cultura dos países da América tropical.

O urucum apresenta ainda propriedades medicinais, que o tornam um ingrediente versátil e saudável. Rico em carotenoides, tocoferóis, flavonoides, vitamina A, fósforo, magnésio, cálcio e potássio, o urucum tem propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, sendo favorável no fortalecimento dos ossos, controlo da glicemia, prevenção de doenças cardiovasculares, saúde cerebral, e tratamento de problemas de pele.

 

Frasco com sementes de anato

BOT.00824.1 

 

Mais informações

Este objeto está patente na exposição “Segredos da Luz e da Matéria”, no Laboratório Chimico do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

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